sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Osho e os livros


A biblioteca de Osho é considerada a maior do mundo - entre as bibliotecas pessoais - contendo mais de 150.000 livros (a maior biblioteca pessoal brasileira é de José Mindlin, com 38.000 títulos). A coleção de obras iniciou quando Osho era ainda criança, e os títulos eram conseguidos por livreiros de Puna e Mumbai (Índia). Osho leu todos os livros que possuía.

A biblioteca de Osho era composta por toda sorte de livros, de filosofia, psicologia, literatura, poesia e de diversas religiões. Em um vídeo, ele conta que as crianças sabiam respeitar mais os livros do que os adultos, e que por isso, deixava para várias crianças de sua família a atribuição de cuidar de sua biblioteca.
Esta é uma lista dos títulos preferidos de Osho:

Ana Karênina – L. Tolstói
Assim Falava Zarathustra – F. Nietzche
Tao Te Ching – Lao Tzu
O Profeta – Khalil Gibran
Folhas de Relva – Walt Withman
Dhammapada – Gautama Buda
Siddharta – Hermann Hesse
Aos Pés do Mestre – J. Krishnamurti
Mulla Nasruddin – estórias de Mulla Nasruddin
O Espírito Zen – Alan Watts
O Ser e o Nada – Jean-Paul Sartre
Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll
Os Analectos – Confúcio
O Manifesto Comunista – Marx e Engels
I Ching – desconhecido
A Psicanálise e o Inconsciente – D.H. Lawrence
Investigações Filosóficas – Ludwig Wittgenstein
Poética – Aristóteles
Escute Zé Ninguém – Wilhelm Reich
Guerra e Paz – L. Tolstói
Sede de Viver – Irving Stone
O Talmude – autores judeus
O Sermão da Montanha – Jesus Cristo
Diálogos de Sócrates – Platão
Relatos de Belzebu a seu neto (Do Todo e de Tudo) – George Gurdjieff

Curiosamente, assim como Sócrates, Osho nunca escreveu um livro! As milhares de palestras que proferiu, na maior parte delas respondendo a perguntas formuladas por discípulos e buscadores, foram transcritas para os livros - mais de 600 títulos. Há cerca de 7.000 palestras disponíveis em fitas cassete e CDs e 1.700 em vídeos.

Sobre o efeito pretendido com os vídeos, Osho declarou:

"Vídeos são maneiras muito melhores de atingir pessoas, pois elas podem me ouvir da mesma maneira que vocês estão me ouvindo agora. Somente ouvir a palavra sem ver a pessoa é uma coisa; mas faz muita diferença, também ver a pessoa. É totalmente diferente, pois quando você está apenas me lendo ou me ouvindo, você não poderá ver minha mão, a qual diz mais do que posso dizer com minhas palavras; não estará olhando para os meus olhos, os quais têm muito mais a dizer do que as palavras podem transmitir. Alguma coisa estará faltando, alguma coisa de imenso valor: a pessoa estará faltando!" (Osho - Tao: O Portal Dourado)

Para Osho, ouvir suas palestras era a proposta de um outro modo de meditar:

"Pergunta: Amado Mestre, percebi que é mais fácil ficar realmente silencioso enquanto o escuto do que em qualquer outra meditação. Quando você pára de falar, tudo parece parar por um momento e tenho o vislumbre do que a meditação pode ser.
Meu falar é uma de minhas estratégias para a meditação. O falar nunca antes foi usado desta maneira: falo não para lhe dar uma mensagem, mas para interromper o funcionamento de sua mente.
E não é somente aqui, mas distante... em qualquer lugar do mundo onde pessoas estejam escutando o vídeo ou o áudio, elas atingirão o mesmo silêncio. Assim como você escuta música, escute-me dessa maneira. Não me escute como você escuta um filósofo; escute-me como você escuta os pássaros, escute-me como você escuta uma cachoeira, escute-me como você escuta o vento soprando por entre os pinheiros; não através da mente discursiva, mas através do coração participante. E então, algo que continuamente você sente que está faltando, não estará faltando.
Coloque a mente de lado. Enquanto me escuta, não tente entender; apenas escute silenciosamente. Não decifre se o que estou dizendo é verdadeiro ou não. Não se preocupe com a sua verdade ou inverdade; não estou lhe pedindo para acreditar, então não há necessidade de pensar sobre a sua verdade ou inverdade. Escute-me apenas como você escuta os pássaros cantando ou o vento passando pelos pinheiros ou o som da água corrente...” (Osho - The Invitation - discurso nº 14)



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