quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Quíron no mapa astral: a ferida da alma

Mencionei o mito de Quíron no post anterior e pensando em astrologia, encontrei um site bem interessante. Na astrologia moderna, a localização de Quíron em um mapa define - numa visão simplificada - onde está a ferida da alma.
Para começar e fazer o mapa: no site http://www.astro.com/, em "horóscopos gratuitos" há uma infidade de informações. É possível fazer mapa astral, sinastria, ver previsões de longa duração, etc. O site tem a assinatura de Liz Greene, a quem tenho em consideração como a melhor astróloga do mundo.
Gosto muito do livro da Linda Goodmann "Seu futuro astrológico". Pode ser que este livro tenha pouco valor no universo da astrologia, mas o fato de que foi o meu primeiro contato mais a fundo com astrologia, me faz sorrir ao lembrar o quanto é divertido, fácil e tão elucidativo. Em 1993 a Eliane, uma amiga muito querida da faculdade, me emprestou este livro. Demorei a ter interesse em ler, mas quando aconteceu foi um rito de passagem: ali vi o prelúdio do que a astrologia poderia ajudar a alcançar. Tempos depois comprei o livro e o conservo para vez ou outra voltar a ler e, eventuamente, apresentar aos alegres interessados em astrologia. Digo os "alegres interessados" porque há uma classe de criaturas verdadeiramente curiosas, no que se refere à astrologia: são opostos aos alegres interessados, pois falam "eu não acredito" e elencam diversos argumentos para contestar a veracidade da descrição astrológica - ou a validade científica - mas pedem que seja feito seu mapa ou uma tentativa de descrever seu signo. Não entendo o propósito. "As pessoas grandes são mesmo extraordinárias", disse o Pequeno Príncipe.
Astrologia para mim é prática: noto o quanto serve para desvendar, revelar, contribuir para conhecer. Perguntaram-se certa vez se este julgamento em doze padrões de pessoas não seria limitante e preconceituoso. Avaliei que partir da ideia de que o outro é particularmente igual a mim, mesmo raciocínio, mesmo gosto, mesmas impressões, pode ocasionar alguns transtornos. A astrologia me ajudou a compreender que para começar há doze modos diferentes de sentir, de querer, de apreciar, de escolher, de reagir. Depois de entender o quão diferentes são estes doze tipos, acolhi as diferenças e abri espaço para entender tantas outras diferenças, voltando-me para o exame do ascendente, da localização de cada planeta e do instrumental todo que um mapa oferece.
Certamente mapas idênticos não refletem pessoas idênticas. O mapa não é uma pessoa, é só um mapa, assim como um mapa de cartografia não é o lugar que descreve. Há que se considerar as variáveis presentes em um mapa, multiplicadas pelas mais diversas interpretações. Imensa é a minha vontade de compreender, de enxergar o caminho, as rotas, as dificuldades, os obstáculos transponíveis e intransponíveis e, por fim, finalmente chegar ao lugar procurado.
Tem mais: a cada ano temos um mapa diferente, que vem a ser a Revolução Solar. Novos desafios e novos instrumentos ao alcance das mãos, a cada aniversário.
Voltando a Quíron: no site "astro" é possível fazer o mapa astral, ler a descrição de aspectos e é possível ver o desenho do mapa astral propriamente dito, onde dá para a localização Quíron. Este é o glifo de quíron:
No mesmo site http://www.astro.com/ há esta explicação:

"O glifo em forma de chave representado acima tem sido amplamente aceite e faz parte da base para a sua interpretação – Quíron é visto como uma chave para os planetas exteriores, bem como para aquelas esferas da vida representadas pelo seu papel dentro da mitologia clássica.
De acordo com o mito, Cronos (Saturno) apaixona-se loucamente pela ninfa Philyra. A sua esposa, Rhea, apanha-o em flagrante, e nisso ele transforma-se num cavalo e foge. O centauro Quíron foi o fruto desta união, uma criatura meio homem e meio cavalo. Philyra, repugnada ao ver aquela criança, pede a Zeus que a torne numa tília. Anos mais tarde, Quíron vive numa gruta no Monte Pelion, ensinando aos jovens heróis as artes marciais, a arte da caça e a música. Aquiles e Asclépios foram os mais famosos dos seus estudantes. O fim da sua história é repleto de simbolismo: Quíron é ferido acidentalmente por uma flecha envenenada pertencente ao seu amigo, Hércules. Sendo imortal, Quíron sobrevive com a sua terrível e incurável ferida. Quando Prometeus é para ser castigado, Quíron oferece-se para morrer em seu lugar. Este sacrifício da sua própria imortalidade liberta-o do seu tormento.
Quíron é uma criatura tanto animal como humana, combinando as partes obscuras, naturais e instintivas com as racionais. Astrologicamente, ele representa sabedoria, paciência e domínio sobre a obscuridade interior. Devido à sua própria ferida incurável, ele possui um profundo conhecimento sobre o sofrimento, em todas as suas formas. É esse poço de sabedoria que lhe permite aliviar a dor alheia. Devido ao facto de Quíron não se encontrar realmente no mesmo nível dos planetas "clássicos", os aspectos em relação a este planeta não aparecem nos nossos mapas astrais. "
Pois feito seu mapa no site astro (horóscopos gratuitos - desenho do mapa ascendente) encontre Quíron: estará em certo signo e em certa casa do zodíaco, então examine tanto a casa quanto o signo neste site:
Não há dúvida que há diversas interpretações disponíveis na internet. No site indicado acima há uma análise interessante e belas fotos do Centauro, com ressalvas quanto à redação prejudicada. Fiz esta trilha para quem quiser fazer o mapa e compreender mais sobre si e, olhando para Quíron, saber mais sobre as feridas da sua alma. Se decidir entrar, faça boa viagem!

Um comentário:

  1. Ajuda muito tudo o que está aí sobre Quíron, mas ele ainda é um enigma. As definições quase sempre são ajustadas a partir de definições sobre os signos e, às vezes, parecem assumir contornos de Nodos Lunares. Mas é preciso começar e, portanto, compartilhar tudo aquilo que for surgindo, até que cheguemos lá. Sabia que gosto de pensar nele sobre a chave do conhecimento que temos guardado e nos auxiliaria nesta vida? Não a ferida, mas o remédio para ela, ela sim, que tenta se espalhar pelas doze casas. Obrigado pelas informações. Beijos, Ba.

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